A Papagaio

A história tem dono se dono tem história. E se história não muda a gente ajuda que um dia ela muda.

Então é assim: desde 2001 Papagaio voa. Faz dos galhos, poleiros e segue em frente: lança livrinho aqui, outro ali, terceiro acolá. Só abre o bico quando o tempo está firme, céu de brigadeiro. Porque em tempos bicudos – Papagaio aprendeu a lição –, jacaré nada de costas e urubu vira louro…

Papagaio também sabe que já fez muitos títulos, menos do que gostaria. Se consola quando lembra que apressado come cru, queima a boca ou tropeça nas pernas. Mas nem pense que perde a pose porque não perde, não. Não dá o pé pra qualquer chamado, só edita o que gosta e do jeito que quer.

Como quem mente se engasga, Papagaio garante e assina em baixo: continua firme e forte, em pé sem cair, deitado sem dormir.

Está sempre preparando livros infantis, juvenis, romances, jornalismo; quer recuperar textos e autores esquecidos; buscar novos títulos, enfim, pintar e bordar no grande universo da literatura e das ciências humanas. É como mangaba, quem começa não acaba. Porque Papagaio nasceu pra voar, falar e fazer ler.